sábado, 17 de janeiro de 2015

INIMIGO OCULTO – Phelps

Poema dedicado ao Centenário da Primeira Guerra Mundial (1914-1918)


Quem sou eu?
Eu sou o silencio
Eu sou o sofrimento
Eu sou a morte

Não uso manto ou foice
Não sou força da natureza
Muito menos algo normal
Os homens me criaram

Me vêem como solução
Para um único problema
Abrir caminho entre os inimigos
De forma rápida, silenciosa e de surpresa

Bolimow ou Yprês?
O lugar não importa
Em ambos fiz varias vitimas
Com sucesso em meu primeiro ataque

Fluidos em seus pulmões
Olhos a lacrimejar
Pele cheia de queimaduras e bolhas
As gargantas e as narinas a queimar

Eu sou a nuvem colorida que você viu
Eu sou o cheiro estranho no ar que você respirou
Eu sou a poça esverdeada que você tocou
Muito prazer, eu sou o gás venenoso!

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